[dropcap style=”dark”]Há[/dropcap] duas semanas a Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou por unanimidade Projeto de Lei 252/2015. Hoje, pela manhã, o Grupo CEMOI apresentou um ofício explicativo ao Governador Rodrigo Rollemberg relatando a importância do cirurgião dentista na UTI. A intenção é que a Lei Distrital que ampara a saúde bucal em UTIs da rede pública seja sancionada. Se assinada, permitirá que diagnósticos bucais colaborem com a redução do tempo de internação e no controle de infecções advindas da cavidade oral.
A secretaria do gabinete do governador protocolou o ofício 027/2015/CEMOI. O documento tramitará entre os assessores, chefe de gabinete, e, por fim, ao governador. É o que revela o responsável pelo setor de protocolos do Palácio do Buriti.
O teor do documento baseia-se em um banco de imagens de rotinas estabelecidas em hospitais privados referenciados. “Quaisquer informações transmitidas por especialistas devem ser avaliadas com cuidado, por isso, estamos certos que a nossa experiência servirá como assessoria ao governo do DF, em um momento decisivo para os pacientes críticos da rede pública de saúde brasiliense”, declara a Dra Claudia Baiseredo, Presidente do Grupo CEMOI.
O ofício foi redigido com base na experiência de profissionais capacitados na área, com uma bagagem de mais de 4.500 procedimentos odontológicos realizados somente em Unidades de Terapia Intensiva.
Uma equipe bem treinada é capaz de auxiliar os médicos mais experientes em diagnósticos complexos, na grande maioria das vezes, decisivos para a recuperação do paciente crítico, afirma a coordenadora do grupo.
Em várias situações a presença do cirurgião dentista evitou graves infecções, reduziu custos com medicamentos e o tempo de permanência no leito. Um ótimo indicador para os hospitais privados, bem como para aqueles que buscam alcançar medidas de controle de custos como é o caso dos planos de saúde.
Além do texto, seguiram três anexos. Todos contendo imagens de pacientes internados em UTI, detalhando as principais complicações advindas da cavidade oral, antes dos cuidados de um cirurgião dentista e depois da atuação.
Enfim, o ofício é mais do que um papel administrativo. Vai além de uma singela contribuição para a sanção de uma Lei. É uma prova contundente de que a Odontologia demorou anos para fazer parte de equipes multiprofissionais, e que, nesse momento, diante às crises que assolam o país, surgem soluções simples, mas eficazes, trazendo benefícios duais, tanto para o paciente acamado, quanto para a gestão pública distrital. A importância do cirurgião dentista na UTI já existe e é uma realidade.
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