Por que um dentista no hospital?

Por que a contratação em hospitais se eleva?

Aumenta significativamente o número de hospitais que contratam cirurgiões-dentistas. Os projetos de lei que tornam obrigatória a presença de dentistas em hospitais das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e no Sistema Único de Saúde (SUS) fornecem a legalidade, mas, o principal ganho é o resultado prático.

A Odontologia Hospitalar (OH) ainda é um ramo de atuação pouco conhecido. Por meio dela o profissional atua em unidades de terapia intensiva, semi-intensiva, coronarianas e leitos de internação. Interage com a equipe multidisciplinar de médicos, fisioterapeutas e enfermeiros auxiliando no diagnóstico de doenças orais que agravam o estado crítico do paciente.

Os pacientes sistemicamente comprometidos são os mais beneficiados pela OH. A redução dos casos de pneumonia associados à ventilação mecânica é o fator principal. Com ele, o paciente, hospital e plano de saúde saem lucrando.

Um estudo publicado no Journal of Intensive Care Medicine, nos Estados Unidos, afirma que a redução dos casos de pneumonia associada à ventilação mecânica pode chegar a 46%. Leia mais artigos sobre pneumonias

Além disso, a presença do dentista nas UTIs gera redução de tempo de internação, do gasto com antibióticos de alto custo e prescrição de medicamentos e promove o diagnóstico precoce de doenças graves.

Além dos hospitais e consultórios

Por manejar pacientes crônicos, o cirurgião-dentista habilitado em OH pode trabalhar também com atendimento domiciliar, o chamado home care.

A presença do cirurgião-dentista nesse ambiente tem um papel peculiar. Vai além do tradicional. Aproxima os familiares, humaniza e amplia o conforto do paciente. No atendimento domiciliar o cirurgião-dentista colabora com a reabilitação e bem estar como um todo.

As áreas de atuação da OH

Apesar de estar em ampla expansão, a OH foi conceituada pelo Conselho Federal de Odontologia em 2015. Segundo o órgão, ela visa a promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças orofaciais, de manifestações bucais de doenças sistêmicas ou de consequências de seus respectivos tratamentos.

Resolução 163/2015 do CFO, que definiu quem são os profissionais que vão atuar na área e quais suas atribuições, determinou também oito categorias de atuação:

atuar em equipes multiprofissionais, interdisciplinares e transdisciplinares na promoção da saúde baseada em evidências científicas, de cidadania, de ética e de humanização

ter competência e habilidade para prestar assistência odontológica aos pacientes críticos

ter competência e habilidade para prestar assistência odontológica aos pacientes em regime de internação, ambulatorial, domiciliar, urgência e emergência

saber atuar em caso de emergência médica (suporte básico de vida)

atuar na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como agente desse processo

aplicar o conhecimento adquirido na clínica propedêutica, no diagnóstico, nas indicações e no uso de evidências científicas na atenção em Odontologia Hospitalar

incrementar e estimular pesquisas que permitam o uso de novas tecnologias, métodos e fármacos no âmbito da Odontologia Hospitalar

atuar integrando-se em programas de promoção, manutenção, prevenção, proteção e recuperação da saúde em ambiente hospitalar

Capacitação deverá seguir as Normas do Conselho

O dentista que tiver interesse na habilitação em Odontologia Hospitalar deve procurar um curso com um mínimo de 350  horas, sendo 30% de prática e 70% teórica. O número máximo de alunos por turma será de 30, com, no mínimo, um professor com o título de mestre ou doutor. Essas normas foram dispostas na Resolução CFO-162/2015.

No CEMOI os alunos têm acesso a 520 horas de aulas teóricas, práticas e à distância, com módulo de gestão empresarial e jurídico. São 15 módulos ministrados mensalmente em um final de semana, no Rio de Janeiro (Casa de Saúde São José) ou em Brasília (Hospital Daher).

Os certificados do CEMOI são reconhecidos pelo CFO, além de trazerem o selo de acreditação internacional do Latin American Quality Institute e do Colégio Brasileiro de Odontologia Hospitalar e Intensiva.

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